31/07/2010
Estive no Itapanháu juntamente com o Marcos Toniatto, Wilson e Rodrigo, chegamos cedo e às 6:30h já estávamos na marina, segue abaixo as fotos do dia com alguns comentários:
As "boas vindas" dada pela lua antevia o lindo dia de sol que estaria por vir, ao fundo a Serra do Mar, a grande muralha natural que os colonizadores portugueses encontraram ao chegar aqui
Wilson e Marcos mandando ver
Wilsão tirando o dedo logo cedo com um robalinho
Entrei por um braço do rio para ver como era o local, e só pesquei imagens
Voltei para o rio e cheguei junto do Wilson que já estava jigando enquanto eu insistia com plugs nas galhadas, em pouco tempo ouço ele falar assim - “Olha o tamanho da corvina!” – quando me viro para olhar me deparo com esta cena!
Um peixe lindo desse merece mais uma!
Wilson estava apoitado, fui me aproximar para tentar ajudar e acabei só atrapalhando, pois a maré corria bem, nessas horas é bom ficar ligado na corrente!
Toquei minha isca por um JJ cromado igual ao dele e fui trabalhar, mas pescaria tem dessas coisas, a uma distância de 20 metros entra outro trick na isca dele e na minha nada!
Continuei tentando, passado uns minutos Wilson pega mais um
Subi um trecho do rio e na sequencia desci jigando novamente, com a corrente, ao chegar maisabaixo encontrei o Marcão e o Wilson retornando, me deram a noticia que embaixo da ponte da Rio-Santos estava impossível, muitos barcos! Então voltamos para a área que se apresentava mais produtiva
Pra não falar que não peguei nada apareceram algumas encrencas
Próximo ao reponto da maré deu uma “paradeira” geral na ações, a coisa estava devagar, nosso amigo ninja aproveitou e pescou um pouco ao melhor estilo “vagal fishing”
Havia muitas lancha e jets passando a toda hora e isso atrapalha, as marolas provocadas por eles batem nas margens deixando a água suja prejudicando a pescaria do robalo na superfície e meia água.
Eu subi o rio já pensando em ir embora, foi quando passando a marina olhei uma formação que chamou minha atenção, ela destoa do entorno que é de um relevo baixo e uniforme, era como um morro alto as margens do rio com sua lateral sendo erodida pelas águas
Eu estava precisando mesmo dar uma esticada nas pernas e ali o solo parecia firme para descer, assim que desci notei muitas conchas no chão
Demorei um pouco para me ligar, o primeiro pensamento foi o de como estas conchas vieram parar ali, mas olhando em seguida o perfil de solo exposto pude ver que se tratava de um Sambaqui, há conchas incrustadas por todo perfil
Fiquei realmente muito empolgado, pois nunca tinha visto um Sambaqui pessoalmente e tenho conhecimento que muitos dos Sambaquis do litoral paulista foram destruídos durante sua urbanização e abertura da Rio-santos. Passei minutos ali admirando, imaginando se não há artefatos ou esqueletos depositados ali no meio, pois isso é comum de se encontrar em Sambaquis. É também uma oportunidade para os colégios tirarem um pouco a criançada de dentro da sala de aula proporcionar uma boa aula de campo
.
Logo chegou o Marcão que deve ter me achado doido ficar ali tanto tempo olhando e fotografando um monte de areia e conchas. Dali fui para a marina recolher as coisas e pegar o rumo da casa, os amigos chegaram logo em seguida e o Wilsão me aparece com outra bela corvina! O cara não é fraco não, realmente era o dia dele!!!
Parabéns Wilsão pelos belos peixes!!!
Valeu galera por mais esta pescaria!!!
Em tempo:
Sambaqui (do tupi tamba'kï; literalmente "monte de conchas"), também conhecidos como concheiros, casqueiros, berbigueiros ou até mesmo pelo termo em inglês shell-mountains.
Os Sambaquis são depósitos construídos pelo homem constituídos por materiais orgânicos, calcáreos e que, empilhados ao longo do tempo, têm em média de 2 a 20 metros de altura e os maiores chegam a ter 100 metros de diâmetro, sendo que os mais antigos datam de cerca de 10000 anos.
Os povos dos sambaquis viveram, principalmente entre 5000 e 2000 anos atrás. Foram desaparecendo quando começaram a ser desalojados pelas tribos de índios Tupi-Guarani, vindos do interior.
Hoje, os sítios mais importantes estão localizados no litoral sul do estado de Santa Catarina. As cidades de Laguna e Jaguaruna abrigam 42 sambaquis dos mais diversos tamanhos e alturas, destacando-se entre eles o Garopaba do Sul e o Jaboticabeira, (em Jaguaruna); e os Figueirinha I e II.